Linha do Tempo
Iniciativas de Mudança tem sido ativa por mais de 80 anos. Ela surgiu do trabalho de Frank Buchman (1878 - 1961), um Ministro Luterano americano. Buchman afirmou que há uma finalidade divina para o mundo e todos que estão nele, e demonstrou a conexão entre fé e mudança na sociedade. Com os anos, seu trabalho se expandiu para incluir pessoas de diferentes religiões ou sem religião. Nos anos 1920, seu trabalho se tornou conhecido como Grupo de Oxford e em 1938 foi denominado Rearmamento Moral. Em 2001 seu nome foi mudado para Iniciativas de Mudança. A linha do tempo abaixo marca os momentos-chave desse trabalho contínuo.

Frank Buchman (1908)
Frank Buchman Buchman, ministro luterano americano, de descendência suíça, idealizador de Iniciativas de Mudança, tem uma experiência marcante sobre a cura da amargura em relações cruciais que altera o curso de sua vida.

O Grupo Oxford (1927)
A experiência de Buchman em 1908 o convence que a falta de compromisso moral destrói o caráter humano e as relações, e que a transparência moral é o pré-requisito para a construção de uma sociedade justa. Suas ideias tomam rumo em Oxford e em algumas universidades americanas, e seu trabalho fica conhecido como Grupo Oxford.

Alcoólicos Anônimos (1935)
As ideias de Buchman são divulgadas nos anos 30 em vários setores e em outros continentes. O grupo Alcoólicos Anônimos é criado em 1935 como um resultado direto das experiências de libertação em que muitas pessoas fizeram contato com o Grupo Oxford.

Rearmamento Moral (1938)
Enquanto as nações europeias rearmavam-se para a guerra, Buchman clamava por um “rearmamento moral e espiritual como caminho para construir um mundo livre de ódio, de medo e de ganância". Seguindo a 2ª Guerra Mundial, o Rearmamento Moral (RAM), como ficou conhecido, lançou um programa de reconstrução moral e espiritual para promover a mudança na vida pública e privada baseada na mudança de motivação e caráter. Buchman também enfatizava a importância da fé. Ele acreditava que Deus tinha um propósito para a vida das pessoas e para o ser-humano em geral, e encorajava as pessoas a procurar a sabedoria divina em momentos regulares de silêncio e reflexão. Buchman, um devoto cristão, descrevia o Rearmamento Moral como “a estrada certa para uma ideologia inspirada por Deus onde cada um poderia se unir. Católicos, judeus, protestantes, hindus, muçulmanos, budistas – todos podem mudar quando necessário, e viajar por essa estrada certa juntos”.

Caux, Suíça (1946)
O RAM abre um Centro de Conferências Internacional em Caux, na Suíça, tendo isso se tornado possível através da generosidade e de trabalho duro de centenas de cidadãos suíços.

Alemães em Caux (1947)
Num momento em que qualquer contato com os alemães era extremamente difícil, Buchman e seus companheiros convida os alemães para irem a Caux. Pelos quatro anos seguintes um número crescente de alemães e franceses vai a Caux e seus encontros tornam-se a base de um desenvolvimento significativo de reconciliação. Buchman foi depois condecorado tanto pelo governo alemão como pelo francês por sua contribuição na reconciliação da Europa.

Reconciliação (1949)
Conferências em Caux e outras similares na Ilha Mackinac, nos Estados Unidos, trazem um reconhecimento público adicional através de muitas outras contribuições para o desenvolvimento internacional nos anos pós-guerras. Notadamente, as partes envolvidas na reconciliação do Japão com seus vizinhos asiáticos e o sucesso na independência de vários países africanos sem derramamento de sangue é um exemplo disso.

O RAM se expande (1950)
Nos anos 50, várias peças e mídias apresentando as ideias do RAM viajam pelo mundo. Centros são estabelecidos na América Latina, Índia, Japão e em vários países da África.

Buchman Morre (1961)
Quando Buchman morre em 1961, o jornalista político Peter Howard assume a liderança do RAM, porém quatro anos depois morre também. Sem uma liderança clara identificada para assegurar a coesão, diferenças pendentes dentre os que tinham responsabilidades dentro do movimento começam a aparecer.

Viva a Gente (Up with People) (1965)
Em alguns países é tentada uma nova abordagem concentrando-se na geração mais jovem, e em outros os formatos mais tradicionais continuam. O Viva a Gente, que se desenvolve dentro de um programa educacional global, torna-se um grupo à parte do RAM. Depois de um período de incertezas e desconsenso, a fé é de novo restabelecida, com valiosas lições aprendidas.

Asia Plateau (1968)
Em 1968, vê-se o aparecimento do Asia Plateau – um centro internacional para o treinamento das pessoas da indústria, educação e outros setores nacionais em Panchgani, na Índia.

Período de Consolidação (1970s)
Sendo a reconciliação a necessidade primária em muitas partes do mundo, muito do trabalho do RAM se concentrou em iniciativas de manutenção da paz na África e Ásia.

Grã-Bretanha (1980s)
Durante este período, parte desse trabalho focou na melhoria das relações industriais na Inglaterra, no setor de manufatura do aço, importante num tempo de estabilidade econômica, e também nas relações do multiculturalismo crescente nas grandes cidades do país.

Colapso do Comunismo (1990s)
O colapso do comunismo leva a novas necessidades e oportunidades na reconstrução da democracia do mundo pós-soviético. Este se torna um dos maiores focos nos anos 90.

Novas iniciativas (1990s)
Uma das iniciativas desenvolvidas nos anos 90 é o programa Esperança nas Cidades, criada para interligar as diferenças raciais nos Estados Unidos; também a Campanha Eleições Limpas em Taiwan, Brasil e Quênia; e contínuo interesse pela criação de infraestrutura moral e espiritual para o desenvolvimento tanto de nações ricas e quanto de nações pobres.

Mudança de Nome (2001)
Com a aproximação do novo milênio, há um reconhecimento mundial de que as palavras “rearmamento moral” não dão mais a mesma ressonância que em 1938. Em 2001, o novo nome Iniciativas de Mudança (IM) é anunciado na mídia mundial pelo presidente de Caux, Dr. Cornélio Sommaruga (Ex-Presidente da Cruz Vermelha Internacional), e pelo Professor Rajmohan Gandhi, neto de Mahatma.

Hoje
Apesar das maneiras de expressar a fé e métodos de coordenação do trabalho global estarem em contínuo aprimoramento, bem como a sucessão de gerações vai tomando sua responsabilidade particular para a renovação moral e espiritual da sociedade, o fato é que a essência da filosofia do IM permanece a mesma – que a mudança pessoal pode levar à transformação social, econômica e política. Com ênfase na experiência ao invés de pura filosofia, o movimento dá um foco onde pessoas de diferentes religiões e partidos políticos podem se encontrar sem mudar suas opiniões, e serem parte desta rede global comprometida no trabalho de transformação mundial.